20. 23. D'uma inquietação que também é minha.

Saturday 28 March 2009

Ademais, o que o perturba no cinema não é que tenha a menor dificuldade em ser arte, mas que essa arte tenha começado "ao contrário", pelo comércio e não pela experimentação solitária e gratuita como todas as outras artes: "o cinematógrafo começou pelo fim" (idem, p. 24).

5 comments:

Clementine said...

Vi Watchmen ontem, estou deprimida. Que merda!

Mas eu te devo um comentário decente. O post merece. Quando acordar, dou um jeito nisso.

Clementine said...

Céus! Esse foi o post 23.

Não, esse ainda não foi o comentário decente. Não que alguém não tenha percebido, né.

André Assunção said...
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André Assunção said...

É sempre interessante pensar na modernidade verificando como nos relacionamos com o simples fato de conseguir comida e meios para sobreviver (fundamentos 'básicos' de qualquer ser vivo); isso permite pensar nos fluxos e refluxos dentro das 'infra-estruturas sócio econômicas', e dessa forma alcançar, dentro de múltiplas e específicas relações, o que chamamos de capitalismo.
O cinema, certamente, nasceu dentro de uma instância determinante ao qual se dá o nome de mercado, mas apesar disso, não podemos dizer que tudo o que foi feito dentro dessas margens se limitou ao mercado. Mesmo na sua genealogia, bastante experimental, não há como dizer ou determinar (numa generalização) que só o mercado ou as relações capitais eram quem ditavam o que os "cineógrafos" pensavam.
Veja que o que penso aqui não é uma refutação do que foi dito, afinal, concordo com as afirmações, mas prefiro pensar que ao mesmo tempo em que ele "nasceu" "pelo comércio" ele também foi uma "experimentação solitária e gratuita" desde sempre.
Além de tudo, seria preciso pensar também na idéia de "começo" do cinema, ou começo de qualquer coisa; pois essa concepção de origem não considera o fato de que a experiência da humanidade é uma continuidade sincrônica e rizomática.
De qualquer forma, o espaço é pequeno para desenvolver os tópicos da resposta, me deixando no campo do resumo e da redução, mas acho que podemos, se for preciso, ir esclarecendo as prováveis latências que posso ter deixado sem perceber.

Clementine said...

Nem vou mais fazer meu comentário decente. Vocês já postaram tanto, de ontem para hoje, e o André fez um comentário bonitinho.